Boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) nesta terça-feira (31) informa que, de 1º de janeiro a 31 de março, foram confirmados 917 casos de dengueem Santa Catarina. Deste total, 759 são autóctones (transmissão dentro do Estado), 54 importados (transmissão fora do Estado) e 104 estão em investigação para definir o local de transmissão. Outros 2.147 casos foram descartados por apresentarem resultado laboratorial negativo para dengue.
Os 759 casos autóctones confirmados tiveram como local de transmissão o município de Itajaí. Os dados até o momento apontam que o pico da transmissão ocorreu na semana de 8 a 14 de fevereiro com 124 casos. O município apresenta uma taxa de incidência (total de casos novos na população) de 377 casos por 100 mil habitantes, o que caracteriza epidemia.
A transmissão em Itajaí continua concentrada nos bairros São Vicente e Cordeiros. Mesmo assim, o Estado permanece em alerta, pois, tendo em vista o aumento no número de municípios infestados e a situação epidemiológica da dengue em outros estados do Brasil, existe o risco de transmissão em outros municípios de Santa Catarina se as ações forem descontinuadas.
Na Semana Epidemiológica (SE) 6 (8 a 14 de fevereiro), 144 casos foram confirmados, sendo 124 autóctones, 12 importados e oito estão em investigação para determinar o local de infecção. Outros 21 exames aguardam resultado laboratorial e 342 foram descartados.
Na SE 07 (15 a 21 de fevereiro), 136 casos foram confirmados, sendo 119 autóctones, cinco importados e 12 em investigação para determinação do local de infecção. Outros 30 exames aguardam resultado laboratorial e 282 foram descartados.
Na SE 08 (22 a 28 de fevereiro), 139 casos foram confirmados, sendo 114 autóctones, quatro importados e 21 casos confirmados estão em investigação. Outros 33 exames aguardam resultado laboratorial e 283 foram descartados.
Na SE 9 (1º a 7 de março), 128 casos foram confirmados, sendo 99 autóctones, três importados e 26 casos confirmados estão em investigação para determinar o local de infecção. Outros 12 exames aguardam resultado laboratorial e 337 foram descartados.
Na SE 10 (8 a 14 de março), 104 casos foram confirmados, sendo 83 autóctones, um importado e 20 em investigação para determinar o local de infecção. Outros 115 exames aguardam resultado laboratorial e 209 foram descartados.
Na SE 11 (15 a 21 de março), 35 casos foram confirmados, sendo 30 autóctones e cinco em investigação. Outros 265 exames aguardam resultado laboratorial e 56 foram descartados.
(No gráfico abaixo, observa-se o número de casos notificados segundo classificação final e semana epidemiológica de início dos sintomas)
Fonte: DIVE/SUV/SES/SC (atualizado em 31/03/2015 – 13h30)
Em Santa Catarina, até o momento, foram identificados 3.179 focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. Os municípios de Balneário Camboriú, Chapecó, Coronel Freitas, Guarujá do Sul, Guatambu, Itajaí, Itapema, Joinville, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, São Miguel do Oeste, Serra Alta, Xanxerê e Xaxim são considerados infestados pelo mosquito, definição realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.
Dengue
É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor retro-orbital (atrás dos olhos), e manchas vermelhas na pele.
Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.
Criadouros do Aedes aegypti exigem atenção
De acordo com a gerente de Vigilância de Zoonoses e Entomologia, Suzana Zeccer, estudos apontam que metade dos criadouros encontrados pelas equipes de saúde são considerados lixo, como garrafas pet, copos descartáveis, tampinhas de garrafa, sacolas plásticos, entre outros materiais recicláveis. “Contudo, também existem outros locais que merecem atenção durante a vistoria nas residências, como calhas entupidas, bandejas externas de geladeira, ocos de árvores e reservatório de água para animais”, alerta a gerente.
A gerente de Zoonoses Suzana Zeccer também reforça que o combate à dengue deve ser uma preocupação diária tanto dos órgãos públicos como de toda a população. “Orientamos que as pessoas façam vistorias periódicas nos seus quintais, mantendo suas casas livres do mosquito Aedes aegypti e denunciando às autoridades de saúde locais que possam servir de criadouros para os insetos.”
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo
- Mantenha lixeiras tampadas
- Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem nenhuma abertura, principalmente as caixas d’água
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água
- Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana
- Mantenha ralos fechados e desentupidos
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana
- Retire a água acumulada em lajes
- Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados
- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário
- Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.
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