Boletim sobre a situação da dengue em SC

Segunda-feira, 30 de março de 2015

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) divulgou nesta ultima sexta-feira (27) que, de 1º de janeiro até hoje, foram confirmados 858 casos de dengueem Santa Catarina. Deste total, 706 são autóctones (transmissão dentro do Estado), 54 importados (transmissão fora do Estado) e 98 estão em investigação para definir o local de transmissão. Outros 2.058 casos foram descartados por apresentarem resultado laboratorial negativo para dengue.

Os 706 casos autóctones confirmados tiveram como local de transmissão o município de Itajaí, que enfrenta um surto de dengue desde o início do ano. Os dados apontam que o município apresenta uma taxa de incidência (total de casos novos na população) de 350 casos por 100 mil habitantes, com o pico da transmissão ocorrido na semana de 8 a 14 de fevereiro com 124 casos.

A transmissão em Itajaí continua concentrada nos bairros São Vicente e Cordeiros. Mesmo assim, o Estado permanece em alerta, pois, tendo em vista o aumento no número de municípios infestados e a situação epidemiológica da dengue em outros estados do Brasil, existe o risco de uma epidemia de dengue se as ações forem descontinuadas.

Em Santa Catarina, até o momento, foram identificados 3.138 focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. Os municípios de Chapecó, São Miguel do Oeste, Joinville, Itajaí, Xanxerê, Xaxim, Balneário Camboriú, Pinhalzinho e Itapema são considerados infestados pelo mosquito, definição realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

Na Semana Epidemiológica (SE) 6 (8 a 14 de fevereiro), 144 casos foram confirmados, sendo 124 autóctones, 12 importados e oito estão em investigação para determinar o local de infecção. Outros 22 exames aguardam resultado laboratorial e 340 foram descartados.

Na SE 7 (15 a 21 de fevereiro), 135 casos foram confirmados, sendo 119 autóctones, cinco importados e 11 em investigação para determinação do local de infecção. Outros 30 exames aguardam resultado laboratorial e 282 foram descartados.

Na SE 8 (22 a 28 de fevereiro), 139 casos foram confirmados, sendo 114 autóctones, quatro importados e 21 casos confirmados estão em investigação. Outros 33 exames aguardam resultado laboratorial e 284 foram descartados.

Na SE 9 (1º a 7 de março), 108 casos foram confirmados, sendo 79 autóctones, três importados e 26 casos confirmados estão em investigação para determinar o local de infecção. Outros 40 exames aguardam resultado laboratorial e 317 foram descartados.

Na SE 10 (8 a 14 de março), 94 casos foram confirmados, sendo 75 autóctones, um importado e 18 em investigação para determinar o local de infecção. Outros 149 exames aguardam resultado laboratorial e 192 foram descartados.

Na SE 11 (15 a 21 de março), sete casos foram confirmados, sendo cinco autóctones e dois em investigação. Outros 262 exames aguardam resultado laboratorial e 19 foram descartados.

(No gráfico abaixo, observa-se o número de casos notificados segundo classificação final e semana epidemiológica de início dos sintomas)

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Fonte: DIVE/SUV/SES/SC (atualizado em 27/03/2015 – 17h)

Dengue

É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor retro-orbital (atrás dos olhos), e manchas vermelhas na pele.

Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti

Estudos mostram que metade dos criadouros encontrados pelas equipes de saúde são considerados lixo, como garrafas pet, copos descartáveis, tampinhas de garrafa, sacolas plásticos, entre outros materiais recicláveis. Contudo, também existem outros locais que merecem atenção durante a vistoria nas residências, como calhas entupidas, bandejas externas de geladeira, ocos de árvores e reservatório de água para animais.

A gerente de Zoonoses da Dive, Suzana Zeccer, ressalta que o combate à dengue deve ser uma preocupação diária, tanto dos órgãos públicos como de toda a população. Por isso, a orientação é que as pessoas façam vistorias periódicas nos seus quintais, mantendo suas casas livres do mosquito Aedes aegypti e denunciando às autoridades de saúde os locais que possam servir de criadouro para inseto.

  • Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda
  • Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo
  • Mantenha lixeiras tampadas
  • Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem nenhuma abertura, principalmente as caixas d’água
  • Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água
  • Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana
  • Mantenha ralos fechados e desentupidos
  • Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana
  • Retire a água acumulada em lajes
  • Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados
  • Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário
  • Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.

Informações adicionais para a imprensa

Assessoria de Comunicação da Dive

Telefone: 48 3664-7406

Site: www.dive.sc.gov.br 

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